sexta-feira, 20 de julho de 2012

Igreja episcopal (anglicana) dos Estados Unidos está definhando





Igreja episcopal (anglicana) dos Estados Unidos está definhando


Wesley Moreira

As manchetes que sairam essa semana sobre a convenção anual da Igreja Episcopal nos EUA são impressionantes. O endosso para pastores ‘cross dressing’ (travestis), o sacramento de bênçãos para cerimônias de casamento de pessoas do mesmo sexo e a venda do prédio da sua sede, por falência financeira.

O ramo americano da Igreja da Inglaterra (Anglicana) foi abandonada em massa por sua membresia em todo o país por causa dos princípios ambivalentes do liberalismo teológico adotados pela convenção. A Igreja Episcopal que foi a igreja do primeiro presidente, George Washington, está sendo corroida pelo liberalismo e já não é mais a maior denominação dos EUA, perderam membros de forma tão dramática que hoje existem 20 vezes mais Batistas que Episcopais. Os Católicos são mais numeroso que os Episcopais em 33 por 1. Há mais judeus nos EUA que episcopais e também há mais mórmons que episcopais.

Foi anunciado na convenção que outros seis bispos proeminentes da igreja estão abandonando a convenção americana e assumindo as suas enormes dioceses fora da convenção nacional americana. Esses Bispos estão se aliançando com grupos conservadores anglicanos na África e América do Sul.

Os participantes da convenção também foram informados de que a igreja gastou 18 milhões dólares este ano, processando suas próprias congregações locais que protestaram contra as políticas liberais da denominação e se separaram. A hierarquia da Igreja em Nova York ganhou nos tribunais as posses dos imóveis (templos e casas pastorais) comprada com dinheiro os fiéis e doações locais pois décadas atrás a liderança local passou os edifícios para o nome da convenção nacional.

Como resultado, algumas das maiores congregações Episcopais do mundo foram forçadas a abandonar seus templos e edifícios e começaram a se congregar em balcões alugados e ginásios de escolas. A convenção por sua vez, herdou por todo o país centenas de prédios vazios aos quais não tem dinheiro para manter.
Um dos pastores das igrejas locais que se separaram da igreja escreveu, “O castigo é que, depois de todos os processos para nos despejarem de nossos templos, eles agora serão despejados de sua luxuosa sede.”
Charlotte Allen, escritor cristão escreveu sobre as causas morte da Igreja Episcopal:

“Essa fragmentação acelerada da igreja, a separação de grandes paróquias e dioceses inteiras da denominação não foi somente causada por causa dos novos bispos homossexuais, a bênção de uniões do mesmo sexo ou a eleição de uma mulher como bispo presidente. Mas foi o liberalismo teológico que está desmantelando a igreja cristã no mundo como um todo. O cristianismo liberal que foi aclamado pelos seus entusiastas à 40 anos atrás como o futuro da igreja evangélica no mundo se enganaram. O liberalismo somente trouxe destruição. Somente alguns teológos mais teimosos deixam de admitir que as igrejas cristãs que têm secularizado a doutrina e suavizado os princípios morais estão em declínio e, no caso da Igreja Episcopal, estão se desintegrando.”

Katharine Jefferts Schori
Na abertura da convenção, nesse 8 de julho de 2012, a Bispa Presidente, Katharine Jefferts Schori pregou sobre a nova visão pós-cristã da igreja episcopal “Ela zombou da maioria das doutrinas fundamentais da fé cristã, incluindo o Deus da criação, da encarnação de Jesus e da Trindade. Ela zombou do Senhor, chamando-O de ‘Big Man’ enquanto apontava o dedo para todos os ouvintes e lhes gritavam: Vocês perderam o bonde (da historia)” testemunhou Dr. Sarah Frances Ives, que era uma das ouvintes.

A Bispa Jefferts Schori deixou um rastro de destruição atrás de si com esse sermão em que o Deus trino e eterno foi demolido e os seres humanos devem ter a ousadia de reivindicar seu lugar como deuses. Os sacramentos da Eucaristia e do Batismo foram transformados em coisas criadas por homens.

Em outras palavras, Jefferts Schori ensina que agora a humanidade, os animais e Deus são um mesmo indiferenciado. Esta é essencialmente uma forma de solipsismo, a crença é a crença metafísica de que a única coisa que alguém pode ter certeza é da existência de sua própria mente, a realidade que nos rodeia é aparentemente desconhecida e não pode ser mais do que parte dos estados mentais do Eu. Assim, todos os objetos, pessoas, são apenas emanações de sua mente e, portanto, a única coisa que alguém pode ter como segurança é a existência de si mesmo. Qualquer um pode ver que este é tanto heresia pura e total absurdo.

Episcopais precisam crêr que são criados à imagem de Deus e que são redimidos pelo sacrifício do Filho de Deus, mas não são Deus em sí mesmos e não estão derrubando a fronteira entre Deus e a humanidade como incentiva a Bispa Jefferts Schori que estimula os seus ouvintes a cruzar a fronteira para se tornarem iguais a Deus, um ensino que deve ser imediatamente repudiado com veêmencia por todos os crentes.

A Bispa Katharine Jefferts Schori realiza cerimônias do mesmo sexo em sua diocese em Nevada e recentemente começou a usar a frase ‘em nome da mamãe Jesus’ em seus sermões e orações para indicar a natureza gay de Jesus e a face feminina de Deus.

Entre os remanescentes conservadores na convenção estava o reverendo David Thurlow que tomou o pulpito para rejeitar a resolução:

“Por dois mil anos, a Igreja teve como claro o ensino sobre o matrimônio cristão e as normas bíblicas de comportamento sexual, baseados em decisões anteriores e resoluções da Igreja estamos comprometidos a não fazer qualquer alteração a este ensino tradicional.”

Da mesma forma, o Bispo Edward de Little of Northern, Indiana também discursou contra a resolução:

“O mundo cristão vai nos entender como tendo mudado a natureza do sacramento do matrimônio sagrado. O mundo cristão vai olhar para a liturgia e ver os votos, a troca de anéis, um pronunciamento e uma bênção e eles vão entender que aprovando o casamento homossexual nos mudamos uma doutrina cristã básica. Eu acredito que não somos livres para fazer isso.”

O dois discursos cairam em ouvidos surdos. Na verdade poucos delegados e membros da igreja ficaram surpreendidos com as resoluções para aceitar pastores travestis e transexuais.

Ao voltar para casa da convenção, o Bispo Peter H. Beckwith, líder da diocese de Springfield, Illinois, escreveu uma carta pastoral assumindo que a igreja Episcopal está “em crise”. Central Florida, Dallas, Fort Worth, Pittsburgh, California, e South Carolina que em conjunto assinaram em carta seu desligamento ao arcebispo de Canterbury, na Inglaterra.

Beckwith diz que o fracasso da resolução apresentada pelos conservadores para introduzir na declaração de fé da igreja “o compromisso imutável a Jesus Cristo como filho de Deus, e o único nome pelo qual qualquer pessoa pode ser salva” foi extremamente perturbador. Allen escreveu na sua carta de desligamento:

“Quando uma igreja cristã não pode endossar uma declaração teológica básica, encontrada diversas vezes no Novo Testamento, essa não é uma igreja cristã séria”.

Na convenção deste ano, o Bispo David Virtude relatou:

“Em todas as discussões e debates sobre o casamento do mesmo sexo e a ordenação de transexuais em nenhum momento alguém falou sobre o pecado. Um amigo meu, psicólogo opinou que falar de ‘pecado’ naquele ambiente seria considerado psicologicamente prejudicial e ofensivo para muitas pessoas, especialmente os gays, e isso está fora de questão. – Não toque na palavra pecado, por favor, nós somos episcopais – disse meu amigo.”

A maior atração da convenção foi o primeiro Bispo gay a ser ordenado na historia da igreja. Gene Robinson pregou com essas palavras:

“Nós permitimos ser reféns da Bíblia que está sendo usada por pessoas que a utilizam para nos agredir. O pecado de Sodoma não tinha nada a ver com sexo homossexual, mas com o fracasso social em cuidar dos pobres, as viúvas e os órfãos. Escritura não é tão verdadeira como alguns nos querem fazer crer.”

Antes de ser nomeado Bispo, Robinson abandonou sua esposa e filhos para assumir seu amante homossexual, algo que episcopais conservadores vêem como infidelidade e adultério severamente agravado pelo pecado e perversão sexual. O que certamente é o suficiente para desqualificar Robinson de qualquer tipo de liderança. Os conservadores, já em retirada da igreja, consideram a ordenação de Robinson como “a prova mais irritante de que a Igreja rejeitou a autoridade da Bíblica”.

Os adeptos do liberalismo teologico tiveram sucesso em fazer a igreja ser mais aceita pelo mundo. A relativização do pecado e da moralidade tornou as igrejas liberais ‘um com o mundo’ e já não podemos separar aquele que serve a Deus daquele que não serve.

Depois de traduzir e revisar essa noticia me veio a mente as palavras de Chesterton:

“Nunca derrube uma cerca até que você entenda a razão pela qual ela foi ali colocada”





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A Marcha para Jesus e a marcha de Jesus


Artigo: A Marcha para Jesus e a marcha de Jesus


Pastor Luis Carvalho  

 


No último final de semana tivemos um evento na maior cidade do Brasil, que repercutiu internacionalmente, e foi recebido por muitos líderes evangélicos como mais um passo rumo a “evangelicalização” do país, estou me referindo a Marcha para Jesus.
Não sei qual é o real sentido, ou mesmo propósito de tal marcha. Confesso que nunca sei se é apenas uma tentativa de mostrar o crescimento de um segmento religioso, ou de uma proposta de transformação da sociedade. Alguém já se perguntou qual o objetivodessa marcha? Sua bandeira? Seu propósito? Enfim, prefiro não dar muita ênfase nesse tema e tratar da Marcha de Jesus.
No evangelho de Lucas, capítulo  9, versículos 51-56. O evangelista fala de uma marcha profética de Jesus em direção a Jerusalém, com o propósito de proclamar o Reino de Deus e incluir as pessoas na missão.

E aconteceu que, completando-se os dias para a sua assunção, manifestou o firme propósito de ir a Jerusalém. E mandou mensageiros adiante de si; e, indo eles, entraram numa aldeia de samaritanos, para lhe prepararem pousada, Mas não o receberam, porque o seu aspecto era como de quem ia a Jerusalém.E os seus discípulos, Tiago e João, vendo isto, disseram: Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu e os consuma, como Elias também fez? Voltando-se, porém, repreendeu-os, e disse: Vós não sabeis de que espírito sois. Porque o Filho do homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las. E foram para outra aldeia.(ACRV)

Essa passagem de Lucas pode ser entendida por nós como uma espécie de moldura que compreende os fatos mais importantes da vida de Jesus. Talvez, os dois momentos cruciais da vida do nazareno sejam exatamente suas duas idas a Jerusalém. O evangelista registra isso com o intuito de mostrar que essas incursões marcaram fortemente a vida e ministério do mestre da Galileia.
A decisão de “marchar para Jerusalém”, denota que a mentalidade messiânica de Jesus havia amadurecido. Nesse momento, ele já tinha consciência da inexorabilidade de seu destino, por isso inclui em seu itinerário a passagem pela terra dos samaritanos. Tal fato reforça o destaque dado às minorias e a derradeira tentativa de proclamação da mensagem inclusiva do Reino de Deus.
Sem entrar em detalhes exegéticos, pode-se destacar, de início, o tratamento de Jesus em relação aos samaritanos e a reação dos irmãos diante da hostilidade do grupo. Esse episódio liga-se aos versículos que precedem a passagem lida. Neles também encontramos a atitude excludente dos discípulos.
Toda a temática do evangelho de Lucas gira em torno da inclusão. Jesus aparece em diversos momentos ensinando como preceder diante dos grupos diferentes, entretanto, mais uma vez, seus companheiros demonstram a displicência ao colocarem em prática tais ensinos.
Às vezes me indago sobre qual o real sentido do evangelho e as práticas cotidianas de nossas igrejas. Tenho a impressão que essa temática humanizadora da inclusão não está em pauta. Pelo menos não com o sentido que Jesus colocou. Observo que estamos muito mais interessados em mostrar a força e potência que o grupo intitulado “evangélico” adquiriu ao longo dos anos, do que trabalhar de forma harmoniosa e dialogal com as minorias e os grupos diferentes. Não nos interessa mais a humanização, a compassividade; a compreensão, de fato, o que se observa é o descompasso entre a mensagem do evangelho do Reino e nossos discursos.
Será que essa intolerância e guerra religiosa em que estamos inseridos foram ensinadas por Jesus? Qual seria a reação dele se vivesse nos nossos dias e se deparasse com esse contexto de exclusão e exclusividade evangélica?    
Para trilharmos o caminho de Jesus, necessitamos entender que sua proposta diz respeito à humanização, compreensão, a alteridade, e não o caminho da arrogância e prepotência, comuns nos nossos púlpitos. O caminho de Jesus revela a marcha do martírio, da persistência e da inclusão.   
A marcha profética em direção a Jerusalém teve como um dos objetivos denunciar o preconceito e altivez religiosa em que os judeus do século I estavam inseridos. Como seguidores dos preceitos de Jesus, devemos também nos esforçar para incluir em nossa caminhada os grupos desprestigiados, minorias e toda sorte de pessoas que estão em situação desfavorável.
O segundo aspecto que destaco nessa passagem é a tendência reacionária dos dois irmãos. Diante da não recepção dos samaritanos em relação ao grupo de Jesus, a dupla sugere, baseada numa leitura extremista das escrituras, a aniquilação hostilizadores.
Cabe salientar, até mesmo a título de esclarecimento, que essa leitura literal e extremista não era privilégio dos irmãos filhos do trovão. Outros elementos também se utilizavam desse aparato para legitimar suas posições. Basta atentarmos para o versículo anterior a essa passagem para observarmos a censura aos exorcistas que expeliam demônios em nome de Jesus.
No judaísmo havia diversas tendências que faziam essa leitura e esperavam uma oportunidade para expulsar os dominadores romanos e instaurar um governo teocrático, sob o argumento de cumprimento da vontade de Deus.
Nesses dias tenho refletido sobre uma tendência que tem ganhado espaços cada vez mais significativos. Trata-se do que denomino de totalitarismo evangélico, isto é, a tendência de aniquilação de toda a pessoa ou grupo que não se enquadre no “pacote” evangélico que vigora no Brasil.
Esse grupo tende a repetir as mesmas práticas dos discípulos, quando, por exemplo, entende que todos os que não são do seu grupo devem ser repreendidos ou exterminados. A frase: “vimos um homem que em teu nome expulsava demônios; e lho proibimos porque não segue conosco”, pode ganhar os mais diversos contornos, que variam desde o isolamento de grupos e pessoas que não aderem a determinada visão, até sua liquidação ou extermínio semelhante à proposta dos irmãos Thiago e João.
A resposta de Jesus a essa tendência é enfática: Não sabeis de que espírito sois! Não saber... erro corrente no meio evangélico brasileiro. Não saber a história; a tradição; o amor; a misericórdia. Não saber... pior que não saber é oprimir a machucar sentimentos de pessoas que não se enquandram a determinados modelos. Um dos segmentos que mais crescem no Brasil é o dos evangélicos sem igreja, pessoas que não conheceram o amor, a graça o perdão e a misericórdia por parte de lideranças e igrejas.
Vemos que nessa passagem Jesus leva até as ultimas consequências a seriedade de sua missão, não importando o quanto se é hostilizado, rejeitado e desprezado. Até o último momento se deve insistir em fazer o bem, agir compassivamente e com amor. Procedendo assim, não correremos o risco de ouvir que não sabemos de que espírito somos.
Por fim, gostaria de destacar as palavras finais de Jesus. Não vim destruir, mas vim para salvar. O termo salvar pode adquirir os mais diferentes sentidos, em algumas ocasiões ele é utilizado com o sentido de restaurar, em outros liga-se as questões de saúde, há casos que o sentido atribuído a tal verbo diz respeito à saúde emocional. O importante é que em nenhum deles o sentido é destrutivo.
A salvação citada no texto refere-se basicamente à restauração da dignidade de grupos, como, por exemplo, os samaritanos que há séculos eram tratados como impuros e indignos por parte da religião judaica – que, diga-se de passagem, utilizava-se de sua hegemonia para oprimir quem não pertencia a seu grupo.
É nesse sentido que gostaria de trabalhar esse vocábulo: o tratamento das feridas provocadas pelos sistemas religiosos opressores e desumanos, repreendidos diversas vezes por Jesus. Em especial, gostaria de me dirigir às pessoas que sentem machucadas desprezadas e fora dos sistemas; vitimadas por esse totalitarismo. A palavra de Jesus é: vim para restaurar, salvar.
Em muitos episódios dos evangelhos, ao curar as pessoas, Jesus proferia a seguinte frase: a tua fé te salvou. Não é estranho ouvir que uma pessoa recém curada foi salva? A palavra salvar nos textos do Novo Testamento adquiri os mais diferentes sentidos, dentre os quais restaurar, ou seja, dar saúde, é um.
Portanto podemos afirmar sem dúvidas que Jesus ao propor a salvação não se refere apenas ao céu ou uma vida para além desse mundo. Ele também o faz com pensando nas coisas desse mundo, do aqui e agora que envolve a vida das pessoas. Sendo assim, gostaria de dizer que a proposta do evangelho é de salvação, restauração, cura das feridas.

Pastor Luis Carvalho da Igreja Metodista em Goioerê-PR 6ª Região Eclesiástica

terça-feira, 17 de julho de 2012

MASTURBAÇÃO e FAST-FOOD


MASTURBAÇÃO e FAST-FOOD

Dani Marques


Gosto muito de ilustrações. Jesus também gostava. Ele usou diversas parábolas para nos trazer ensinamentos, então, seguindo o seu exemplo, vou fazer uma analogia para iniciar o assunto: "Masturbação é como Fast-food, uma forma rápida e prática de matar a fome, mas se for consumido em excesso, prejudica a saúde e pode viciar". Brincadeiras à parte, o vício em masturbação é um assunto sério. Não falo de masturbação no parceiro como parte das preliminares do sexo, mas sim de "fazer justiça com as próprias mãos", saca? Milhões de pessoas sofrem com este pesadelo, um pesadelo do qual não conseguem se desvencilhar. E sabe quem fez este assunto se tornar um pesadelo para muitos cristãos? A igreja. Não a verdadeira Igreja, a Igreja de Cristo, mas sim a igreja-instituição (sem generalizar) que durante anos pregou: "Masturbação é pecado, veja o caso de Onã. Ele se masturbou e Deus tirou a sua vida!" Pra quem ainda não sabe, a história de Onã não tem NADA a ver com masturbação. Leia Gênesis 38 e entenda o contexto.

Bom, voltando a analogia do Fast-food, vamos dar uma olhadinha nos "números" que a rede "Masturber King" nos oferece:
N° 1 - pornografia pela tv;
N° 2 - pornografia pela internet;
N° 3 - desejo por homens/mulheres alheios(as);
N° 4 - mulheres semi-nuas rebolando e se insinuando pelos programas de televisão, inclusive os infantis;
N° 5 - revistas pornográficas e ensaios sensuais;
N° 6 - novelas e comerciais recheados de sensualidade;
N° 7 - meninas circulando pelas ruas, shoppings e inclusive igrejas com roupas da grife "piriguete": calças e blusinhas do tipo "segunda-pele" e saias "abajur de perereca".




O dono desta rede não está muito preocupado em saber qual combo você vai comprar, na verdade, a intenção dele é te persuadir e seduzir para que na hora da "fome", você recorra ao "lanchinho rápido" para satisfazer a sua necessidade. O interesse deste empresário é enriquecer as suas custas. Ele não quer saber do estrago que esta qualidade de alimento vai causar à sua saúde física e emocional (inclusive à saúde do seu relacionamento conjugal). Na verdade, o seu interesse é fazer com que você se torne um cliente vip da rede "Masturber King"!
Mas sabe de uma coisa? Deus não está com os olhos fixos no ato da masturbação. Assim como o adultério, ele vai mais além: "Vocês ouviram o que foi dito: "Não adulterarás". Mas eu lhes digo: qualquer que olhar para uma mulher para desejá-la, já cometeu adultério com ela no seu coração." Mateus 5:27-28. Seguindo esta linha de raciocínio, a pergunta certa a se fazer é: O que está por trás do ato da masturbação? Uma pessoa não se masturba simplesmente porque faz parte da rotina do seu dia-a-dia (com raras exceções): "Bom, tomei meu cafezinho, agora vou me masturbar antes de voltar ao trabalho". Para chegar ao ponto da masturbação, é porque antes o "Sr. Desejo" foi muito bem alimentado. Esse é o "x" da questão. A vontade de se masturbar começa com um simples pensamento ou uma imagem "inofensiva". Este é o alimento preferido do "Sr. Desejo"! Quanto mais o alimentar, mais forte ele vai ficar. E quanto mais forte ele estiver, mais difícil será de vencer a luta. Como eu disse no início, masturbação pode viciar.


Assim como um empresário de uma rede de Fast-food lança na mídia propagandas irresistíveis, fazendo com que o desejo do público seja alimentado através dos olhos, a masturbação só se concretiza depois do "Sr. Desejo" ter sido muito bem alimentado. Uma pessoa só sente o desejo de se masturbar depois que gastou um certo tempo se alimentando de pornografia, imagens sensuais ou pensamentos eróticos. Quanto dinheiro a indústria pornográfica ganha às custas da humanidade! Pra ela pouco importa saber se está destruindo vidas e relacionamentos. O seu interesse está em vender, vender e vender, e vai usar todas as "armas" disponíveis para te seduzir.







Se eu disser pra você que masturbação é pecado e não agrada a Deus, é bem provável que isso não mude uma vírgula sequer na sua vida. Lei não transforma, não cura e não muda caráter! Você vai continuar se masturbando, se sentindo sujo, culpado e indigno de estar na presença de Deus. É isso que a igreja tem feito no decorrer da história. Através de suas leis infundadas, tem afastado as pessoas de Cristo. Sim, muitas delas continuam frequentando a igreja, usando belas vestimentas, estampando um sorriso no rosto, pagando o dízimo, participando de ministérios, mas por dentro, é só desespero e escuridão: "Não me sinto digno de fazer uma oração sequer, Deus não vai me escutar, afinal, sou um pecador... Não consigo me libertar!". Sem contar os muitos, que por não conseguirem se desvencilhar do pecado, acabam se afastando da igreja e inclusive de Deus.
"Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Eu não vim para chamar justos, mas pecadores". Marcos 2:17
"Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e ele comigo." Apocalipse 3:20

É maravilhoso saber que o Senhor vem ao nosso encontro e não se importa com a situação em que estamos. Ele não está nem um pouco preocupado com o seu passado, mas sim com o seu futuro. Ele veio também ao encontro dos masturbadores! Sim, é isso mesmo! Ele veio ao encontro dos masturbadores, ladrões, prostitutas, alcoólatras, drogados, mentirosos, fofoqueiros, fornicadores, maldizentes, ou seja, ele veio ao encontro dos pecadores. Ele veio ao meu encontro! Não somos pecadores porque pecamos, mas pecamos porque somos pecadores!


"Se o seu olho direito o fizer pecar, arranque-o e lance-o fora. É melhor perder uma parte do seu corpo do que ser todo ele lançado no inferno." Mateus 5:29 Não quero dizer com este versículo que você deve arrancar seu pênis ou encher sua vagina de concreto, mas sim que deve cortar o mal pela raiz! Se é o vício da pornografia que te faz sentir desejo de se masturbar, arranque-o da sua vida. Se é o hábito de desejar em pensamento homens/mulheres alheios(as), lance-o fora! "Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas." Filipenses 4:8. Mas nem ouse tentar sem ajuda de Deus, você não vai conseguir.

Se o problema está na falta de sexo com o seu cônjuge, converse com ele, orem juntos e em amor, tentem aumentar a frequência sexual. Acompanhei o caso de um homem casado que era viciado em pornografia e masturbação. Isso era um tormento, ele sofria calado. Sabia que não agradava a Deus, mas ao mesmo tempo não conseguia se libertar. Sua esposa também sofria, se sentindo humilhada e rejeitada. Conversei com os dois e perguntei: Qual a frequência sexual entre vocês? A esposa respondeu: "Meu marido trabalha muito, e eu passo o dia com as crianças. Quando ele chega estou exausta. Essa nossa rotina fez com que diminuíssemos a frequência sexual. Acho que fazemos sexo apenas umas duas vezes por mês."


Bingo! Encontrei o problema e disse: Cortem-no pela raiz! Apesar da vida corrida, aconselhei que se esforçassem a fazer sexo pelo menos 2 vezes por semana, durante 2 meses. Os dois estavam abertos e dispostos a salvar o casamento. Ao final deste período, a esposa me retornou dizendo que o marido só tinha acessado pornografia apenas 2 vezes nestes dois meses, sendo que antes, acessava quase que diariamente! Como consequência, o desejo pela masturbação também diminuiu. Mas nem tudo são flores. Mulheres feridas emocionalmente (pelo cônjuge) não conseguem sentir prazer no sexo, muito pelo contrário. Algumas chegam a ter nojo! Na mulher, sexo e emoção estão intimamente ligados. Deus nos fez assim. Por isso, maridos, se desejam uma frequência sexual maior no seu relacionamento, tratem suas esposas com muito amor, carinho e afeto.

"Dani, mas por que masturbação é pecado?" O pecado não está na masturbação em si, mas no que vem por trás dela - normalmente a pornografia ou o desejo por outras pessoas, que não o seu cônjuge. Quer dizer então que posso me masturbar pensando no meu cônjuge? Eu, Daniela, não vejo problema algum. Mas acho importante deixar um alerta:  


Masturbação vicia e te leva a andar por caminhos perigosos! O seu desejo precisa estar no seu cônjuge e não no ato de se masturbar. Você precisa ter domínio sobre os seus pensamentos ao se masturbar. Existem casos e casos. Imagine uma esposa que está de repouso absoluto por causa de uma gravidez de risco? Ela pode tranquilamente resolver o "problema" do marido com carinhos e masturbação. E se o marido está incapacitado de praticar o sexo convencional por algum problema, ele também pode masturbar sua esposa sem culpa nenhuma.


"Ah, mas que heresia! Deus fez a polução noturna para resolver este problema!" Primeiro, mulheres não tem polução noturna. Segundo, se você é homem, consegue passar um bom tempo sem sexo e isso não influência em nada os seus pensamentos e desejos, ótimo, a polução noturna (que não é tão frequente e na grande maioria das vezes vem acompanhada de sonhos eróticos) vai resolver o seu problema! Mas nem todos são assim. De acordo com a Wikipédia, a polução noturna ocorre em todas as idades, mas é disparadamente mais comum nos períodos de menor frequência sexual. É um meio que o organismo encontra de "se livrar" do sêmen acumulado. Com o aumento da freqüência de atividades sexuais, elas tendem a diminuir e até cessar. Ou seja, a polução noturna é um meio do seu corpo dizer: "Ei cara, estou precisando de sexo!" Por isso na maioria das vezes ela vem acompanhada de sonhos eróticos. Mas que tipo de sonhos? Depende do que anda rolando na sua mente durante o dia...


A grande maioria dos homens (e também algumas mulheres) tem um desejo intenso por sexo. Para alguns, passar 3 ou 4 dias sem manter relações é uma tortura sem tamanho! Aí o negócio complica, porque qualquer decote ou calça agarrada faz um estrago. Paulo sabia muito bem o que estava falando quando disse: "Mas, se não conseguem controlar-se, devem casar-se, pois é melhor casar-se do que ficar ardendo de desejo." e "Não se recusem um ao outro, exceto por mútuo consentimento e durante certo tempo, para se dedicarem à oração. Depois, unam-se de novo, para que Satanás não os tente por não terem domínio próprio." 1 Coríntios 7:5 e 9. Arder em desejo não é pecado, é natural do ser humano! Pecado é querer satisfazer este desejo fora da aliança do casamento.


Se seu cônjuge, por algum motivo mais sério, não está podendo satisfazer a sua necessidade sexual, resolva o problema em 1 minutinho, sem pensar em nada ou pensando nele. Aquela tensão sexual desaparece quase que por milagre! O que é melhor, não se masturbar mas ficar ardendo em desejo, ou se masturbar pensando no seu cônjuge e resolver o problema? O seu corpo pertence a seu cônjuge e o corpo dele pertence a você (1 Cor 7:4), inclusive em pensamentos! Antes que me crucifiquem, estou falando de casos extremos: esposas e maridos doentes, viagens longas a trabalho e etc. Mas fique atento, o hábito da masturbação é um caminho que pode levar ao vício. 


Mas e o solteiros, como ficam? Alimente-se de pornografia que você vai transpirar imoralidade sexual. Alimente-se da Palavra, que é Cristo, que você vai transpirar Vida. Desta maneira, se algum dia, em caso de muita necessidade precisar se masturbar, porque está ardendo em desejo e isto está te fazendo pecar, será muito mais fácil ter domínio sobre seus olhos e pensamentos. E é provável que tendo domínio sobre seus pensamentos, o desejo pela masturbação diminua. Se alimente da Palavra, viva uma vida de oração, ande no Espírito que o próprio Deus vai ajudá-lo a ter domínio sobre esta área da sua vida. Nem você, nem a igreja e muito menos a lei é capaz de fazer isto. Só Cristo é: "Por isso digo: vivam pelo Espírito, e de modo nenhum satisfarão os desejos da carne. Pois a carne deseja o que é contrário ao Espírito, e o Espírito, o que é contrário à carne. Eles estão em conflito um com o outro, de modo que vocês não fazem o que desejam. Mas, se vocês são guiados pelo Espírito, não estão debaixo da lei." Gálatas 5:16-18.

"Sou viciado em masturbação, mas quando me casar este problema vai se resolver." Mentira! Se entrar no casamento com o hábito de se masturbar, uma hora ou outra ele virá à tona, trazendo muito estrago para o seu relacionamento. Citando Mario Fernandez: "Aquilo que nos envergonha ou dificulta cumprir o chamado de Deus, deve ser voluntariamente abandonado e cicatrizado, sem que seja necessário um escândalo", que neste caso, seria o sofrimento do seu cônjuge. Por que estou dizendo isto? Conheci o caso de um homem casado que era viciado em sexo e em masturbação. Ele fazia sexo com a esposa mais de uma vez ao dia e ainda se masturbava. Sim, isso existe e é muito comum! Ele sabia que estava escravizado pelo pecado, não conseguia se libertar e quase destruiu seu casamento. Sua esposa vivia chorando pelos cantos, pois se sentia incapaz de satisfazê-lo. Mas Cristo veio ao seu encontro, assim como fez com a mulher samaritana. O esposo reconheceu que precisava de ajuda e o Senhor o libertou. Foi um processo que durou meses, mas hoje ele está curado.


Se você costuma se masturbar com frequência, é provável que esta prática tenha afetado de alguma forma o seu relacionamento conjugal ou a sua comunhão com Deus. Quero que saiba que nada, absolutamente nada vai conseguir te fazer se livrar deste vício. Mais uma vez eu digo: a sua única saída é Cristo!  


"Pois o que faço não é o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer, esse eu continuo fazendo. Ora, se faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, mas o pecado que habita em mim. Assim, encontro esta lei que atua em mim: Quando quero fazer o bem, o mal está junto a mim. Pois, no íntimo do meu ser tenho prazer na lei de Deus, mas vejo outra lei atuando nos membros do meu corpo, guerreando contra a lei da minha mente, tornando-me prisioneiro da lei do pecado que atua em meus membros. Miserável homem eu que sou! Quem me libertará do corpo sujeito a esta morte? Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor!" Romanos 7:19-25

Mas como Jesus vai conseguir me libertar? Isso não cabe na minha mente, é mesmo possível? "Ninguém na verdade pode saber o que a outra pessoas está pensando, exceto a própria pessoa, e ninguém pode conhecer os pensamentos de Deus, a não ser o próprio Espírito de Deus. Nós porém não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito enviado por Deus, para que possamos entender os admiráveis dons de graça e bênção concedidos por Deus. (...) Entretanto, o homem que não tem este Espírito, não pode entender e nem aceitar estes pensamentos que nos são ensinados pelo Espírito de Deus. Perecem-lhe loucura, porque só aqueles que tem o Espírito Santo em si mesmo podem compreender o que só pode ser entendido de maneira espiritual. " 1 Coríntios 2:11, 12 e 14. Alimente-se do Pão da Vida e nunca mais terá fome, beba da Água Viva e nunca mais terá sede! Jesus bate à sua porta, ele veio ao seu encontro! Permita que o Espírito Santo de Deus faça morada em você, e ele o fará entender coisas que hoje, aos seus olhos, lhe parecem loucura!




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segunda-feira, 16 de julho de 2012

As Duas Réguas - Lições de Guardanapo - Ebenezer Bittencourt


O Outro 3:16 - Lições de Guardanapo


CAMINHANDO NO CAMINHO – UMA REFLEXÃO SOBRE MATURIDADE CRISTÃ


 Vinicius Seabra





“Não que eu já tenha obtido tudo isso ou tenha sido aperfeiçoado, mas 
prossigo para alcançá-lo, pois para isso também fui alcançado por Cristo 
Jesus. (...) prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial 
de Deus em Cristo Jesus”. 
Filipenses 3:12,14 (NVI) 

              O mundo contemporâneo se disfarça por detrás de uma cortina  de certezas e convicções que inquestionavelmente não revela o  que realmente se é. A cinematografia e mundo televisivo não  contribuem para que tal cortina seja desfeita, muito pelo  contrário, torna a busca da existência numa corrida utópica  pela cenoura que está amarrada a nós mesmos centímetros à  frente provocando nossa caminhada rumo ao nada. Vê-se uma  defesa do planejamento de vida como se a existência fossem  números exatos e com combinações previsíveis. Assiste-se a  busca pela felicidade como que se esta fosse um produto numa 
gôndola qualquer no mercado da esquina que de tão acessível  se torna vulgar e vazia. Percebe-se uma inquietude por querer ser alguém na vida ao ponto de se escravizar para  obter a aprovação e aplausos de outros que bravejam atrás da mascará do sucesso. Contempla-se o suspiro  apaixonado por uma história de amor que ilude os corações feridos a ter ações impulsivas sem levar em  considerações as consequências de se confundir amor com prazer. Por tudo isto, seria farisaico se não  assumíssemos nesta lauda que a sociedade está em uma luta desleal, vivendo num conflito sombrio, sonhando  com a ilusão como que no “o fantástico mundo bob” e sendo encantando com o canto suave da sereia que tenta  arrastar as pessoas para o fundo do mar.  
 

           O caótico cenário descrito no parágrafo anterior é  intrínseco ao viver orgulho, egoísta e instável da sociedade  pós-moderna. Isto é o que somos. Por esta razão é igualmente fingimento esperar que aqueles que labutam  numa jornada cristã não padeçam destes mesmos assombros. Ser cristão não é construir outro mundo entre as  quatro paredes da igreja e achar que se está imune  a tais mazelas da nossa geração. Vivemos no mesmo  contexto. Ter dúvidas, fazer questionamentos, ter incertezas, cometer vários erros, acreditar em utopias... enfim,  somos humanos. Um grande passo rumo à maturidade cristã é quando reconhecemos quem somos em nossas  fraquezas sem que haja a necessidade de fingimentos, máscaras ou encenações – mesmo que isto escandalize os  abutres da fé que bravejam dos pedestais  espirituosos  engordurados de artificialidade igrejeira. A maturidade  cristã não é um troféu dos que não mais cometem erros, maturidade cristã é o galardão daqueles que conseguem  mais facilmente perceber seus próprios erros. Não é a ausência de fraquezas que importa, mas sim a pronta  percepção destas fraquezas em nossos corações. Por isto, viver em santidade não é deixar de coexistir em conflito  com os desejos carnais que parece perseguirmos por toda a vida (Gl. 5:17); Ser discípulo de Jesus não é viver  longe dos desejos egocêntricos que insistem em massagear nossos corações a cada manhã (Mc 10:37); Congregar  em uma igreja não é sinônimo de se tornar um vencer invicto que não mais desfruta dos altos e baixos da vida (Fp 
4:12). Enfim, caminhar no Caminho (nomenclatura que designava os primeiros cristãos, cf. At. 9:2 e At. 24:14) não  é passar a largo do caos do presente mundo, mas sim conseguir permanecer firmes mesmo sabendo quem  realmente nós somos. 


            O grande trunfo da maturidade cristã é quando se entende, sem reservas, que a obra de Deus é feita não por  causa de nós, mas sim apesar de nós. O grande presente de Deus a humanidade foi entregar o Seu Filho na cruz,  evidenciando nossa incapacidade de saciar a ira de Deus por nós mesmos, por causa do que nós somos (Rm 3:23- 24). Aqui faz-se necessário uma consideração com fins a não desvirtuarem o real propósito deste artigo – não  estamos defendo o pecado com o qual temos que lutar cotidianamente, aqui estamos discursando sobre a  natureza pecaminosa, indivisível a nossa existência – é preciso diferenciar tais conceitos. Finalizando, espero que  as palavras aqui descritas sirvam para destronizar a tirania da perfeição em nossas igrejas brasileiras e fomentar  uma perspectiva de irmandade. Que vislumbramos a operosidade da graça do Senhor do Caminho. 


Que Deus nos ajude!


* Vinicius Seabra é professor das áreas de teologia e administração; diretor do Seminário Evangélico de Teologia da América Latina (www.setal.org.br); presidente da Missão Tocando as Nações (www.mtn.org.br); e, pastor da Comunidade da Fé – Igreja Cristã (www.cofe.org.br) em Goiânia, Goiás, Brasil.