sábado, 26 de novembro de 2011

Cristão não deve ficar em cima do muro





            Recentemente temos visto circulando pela internet toda sorte e-mails prós e contras as candidaturas dos três principais postulantes ao cargo mais alto do executivo brasileiro. Desconsiderando os devaneios de e-mails recheados de visão política partidária, considero saudável que as pessoas hoje possam manifestar no território livre e democrático da internet suas opiniões, compartilhar pontos de vista, trocar experiências e visão de mundo contribuindo para a construção de uma  identidade política, social e cristã.  A Palavra de Deus diz que “na multidão dos conselheiros há sabedoria”. Ao cristão cabe examinar tudo e reter o que for proveitoso.



            Na história da igreja temos exemplos de grandes homens de Deus como Wesley que conduzia sua vida com a Bíblia em uma mão e um jornal na outra. Espero que neste debate democrático ninguém se exaspere se magoe ou se ressinta com o irmão que tem uma opinião contrária a sua. Não vamos desfazer nossa amizade, nem irmandade por questões temporais como é a política. Afinal, cada um tem consciência e deve agir como ser político como Deus nos fez, dotados de livre arbítrio, porém em diferentes níveis de experiência, realidade e visão.



            No momento o que me motivou escrever um pouco e manifestar também a minha opinião sobre esse assunto neste fórum foi um e-mail recebido  hoje 27/08/10, escrito por um pastor amigo meu de longa data que estar fora do Brasil. E-mail este por sinal muito bem argumentado rebatendo um slogan outrora divulgado na década de 70 e 80 principalmente no nordeste do Brasil, especificamente no Estado da Paraíba que dizia assim: “Irmão vota em irmão”.



            Concordo em parte com seu argumento que esta não deve ser a priori o argumento de votarmos nos candidatos “evangélicos” haja vista  muitos “desses ditos evangélicos “ terem envergonhado o nome de cristão. A mídia tem divulgado diversos escândalos de  políticos “evangélicos” envolvendo-se em falcatruas, “dólares na cueca”, “transportando dinheiro em jatinhos”, “evasão de divisas”, “crimes fiscais”,  “enriquecimento ilícito” “oração pelo dinheiro desviado” usando da prerrogativa do poder em beneficio próprio. Acho que já mudamos desta fase. Assim espero. Não é só pelo fato do político declarar-se “evangélico” que vamos votar nele. Nem, deveríamos permitir que reuniões, cultos, cruzadas, etc., fossem usadas para promoção de político A, B ou C.

            Há um outro extremo, porém, de bancarmos o jogo “de ficar em cima do muro” e   nos  esquivarmos de manifestar nossa opinião. Achar que qualquer um que estiver “lá no poder” não fará a menor diferença. Que Deus não está interessado numa nação transformada politicamente falando, que a igreja deve preocupar-se apenas com as almas.  Como podemos orar então para que as verbas públicas sejam utilizadas com sabedoria e justiça, se o dinheiro está sendo administrado por ladrões? Como orar para que haja bem-estar social para o rico e o pobre e igualdade de oportunidade para todos, saúde e educação, se um bando de rouba as verbas em benefício próprio? Não estamos num estado totalitário cujo pensamento filosófico é que o governante é divino e intocável. Estamos num estado democrático de direito onde há alternância de poder.



            Que fazer  então com os versículos que retratam orações e ais contra os corruptos?  Onde fica o exemplo de José no Egito, não foi uma intervenção política divina? Porventura seria fácil ser governador de todo o Egito, uma nação mais poderosa da terra da época. E Daniel que transpôs três governos totalitários como líder político mais influente de sua geração no império Babilônico, Medo e no Persa? E a rainha Ester que precisou ser incentivada por Mordecai para cumprir o seu papel? E os líderes políticos Esdras e Neemias? Vamos retirar ou desprezar esses exemplos todos da nossa Bíblia? E o Bispo Francis Asbury, discípulo de John Wesley,  fundador da Igreja Metodista na América no século dezoito, (personalidade entre as sessenta e seis mais influentes na formação na nação americana) que juntamente com outros três líderes foram ter uma conversa com George Washington no inicio do seu governo em Monte Vernon sobre a escravidão, e lhe entregaram um manifesto pedindo justiça para os escravos. Francis Asbury amava os escravos e odiava a escravidão. Aquele gesto poderia significar prisão ou forca naquele momento histórico da nação americana.



            Creio que em cada momento histórico Deus usa homens e mulheres para intervirem na história local, regional, nacional ou até mesmo com abrangência internacional. Nesse momento o meu voto e apoio vão para a Candidata do PV Senadora Marina Silva e aqueles que estiverem indecisos e voluntariamente votarem nela não apenas pelo fato dela ser comprovadamente cristã como ela é.  Algo atestado por diversos líderes cristãos, mas, crendo que Deus pode usar um servo seu no planalto tem o meu apreço. Porém não vou ficar inimigo dos que pensarem o contrário.



            Falo do ponto de vista de cidadão brasileiro, cristão, nordestino, morador da cidade de Belo Horizonte, professor  público efetivo das redes municipal de Belo Horizonte ( cuja administração é PT) e do Estado de Minas Gerais (cuja administração é PSDB).



            Voto Marina como alternativa de mudança na educação desse país. Pois acredito que só haverá mudança social e justiça quando houver valorização da educação. Quando a ignorância e clientelismo forem dissipados desse país. Quando o voto não for mais moeda de troca em negócios escusos. Do ponto de vista da experiência com educação, como professor na administração municipal onde vigora a “Escola Plural”- um projeto de governo autoritário, enfiado goela abaixo sem a menor participação dos professores na construção. onde apenas números são relevantes e não o “fazer pedagógico”. Projeto este ratificado por Brasília através do atual ministro da educação e garoto propaganda dos números Fernando Haddad. Nossa Ex-secretária de Educação Maria do Pilar foi levada para o MEC e difundir suas idéias mirabolantes para todo Brasil na câmara de Educação Básica. E no governo estadual onde vigora o descaso com a educação sem a menor valorização do professor. Nos dois casos não há diálogo com o professor que é o principal agente no processo ensino-aprendizagem.



Pr. Eduardo Gomes em Agosto de 2010


segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Doze Razões Por Que Ser Membro de Igreja é Importante

Doze Razões Por Que Ser Membro de Igreja é Importante
Por Jonathan Leeman

1 – É bíblico. Jesus estabeleceu a igreja local, e todos os apóstolos realizaram seu ministério por meio dela. A vida cristã no Novo Testamento é uma vida de igreja. Hoje os cristãos devem esperar e desejar o mesmo.
2 – A igreja é seus membros. No Novo Testamento, ser uma “igreja” é ser um de seus membros (leia Atos dos Apóstolos). E você quer ser parte da igreja porque foi ela que Jesus veio buscar e reconciliar consigo mesmo.
3 – Ser membro da igreja é um pré-requisito para a Ceia do Senhor. A Ceia do Senhor é uma refeição para a igreja reunida, ou seja, para os membros (veja 1 Co 11.20, 33). E você quer participar da Ceia do Senhor. O ser membro de igreja é a “camisa” que torna o time da igreja visível ao mundo.
4 – É a maneira de representar oficialmente a Cristo. Ser membro de igreja é a afirmação da igreja a respeito do fato de que você é um cidadão do reino de Cristo e, por isso, um representante autorizado de Jesus diante das nações. E você quer ser um representante oficial de Jesus. Intimamente relacionado a isto…
5 – É a maneira como o crente declara sua mais elevada lealdade. O fato de que você pertence ao time que se torna visível quando você veste a “camisa” é um testemunho público de que sua mais elevada lealdade pertence a Jesus. Provações e perseguição podem surgir, mas suas únicas palavras são: “Pertenço a Jesus”.
6 – É a maneira de incorporar e experimentar figuras bíblicas. É na estrutura de prestação de contas da igreja local que os cristãos vivenciam ou incorporam o que significa ser o “corpo de Cristo” , o “templo do Espírito”, a “família de Deus” e todas as outras metáforas bíblicas (veja 1 Co 12). E você quer experimentar a interconectividade do corpo de Cristo, a plenitude espiritual de seu templo, a segurança, a intimidade e a identidade comum da família de Deus.
7 – É a maneira de servir aos outros cristãos. Ser membro de igreja ajuda você a saber por quais cristãos, no planeta Terra, você é especificamente responsável para amar, servir, confortar e encorajar. Ser membro de igreja capacita você a cumprir suas responsabilidades bíblicas para com o corpo de Cristo (por exemplo, veja Ef 4.11-16; 25-32).
8 – É o meio de seguir os líderes cristãos. Ser membro de igreja ajuda-o a saber que líderes cristãos, no planeta Terra, você é chamado a seguir e obedecer. Também lhe permite cumprir sua responsabilidade bíblica para com eles (veja Hb 13.7, 17).
9 – Ser membro de igreja ajuda os líderes cristãos a liderar. Permite que eles saibam quais são, no planeta Terra, os cristãos pelos quais eles “hão de prestar contas” (At 20.28; 1 Pe 5.2).
10 – Ser membro de igreja capacita a disciplina eclesiástica. Dá a você o lugar prescrito biblicamente em que deve participar na obra de disciplina eclesiástica, de maneira responsável, sábia e amorosa (1 Co 5).
11 – Provê a estrutura para a vida cristã. Coloca a afirmação individual do cristão de “obedecer” e “seguir” a Jesus em um ambiente de vida real, no qual autoridade é realmente exercida sobre nós (veja Jo 14.15; 1 Jo 2.19; 4.20-21).
12 – Edifica um testemunho e convida as nações. Ser membro de igreja coloca o governo de Cristo em exibição para o mundo que nos observa (veja Mt 5.13; Jo 13.34-35; Ef 3.10; 1 Pe 2.9-12). Os próprios limites que são traçados ao redor do ser membro de igreja produz uma sociedade de pessoas que convida as nações a algo melhor.
Este artigo foi extraído do livro Church Membership: How the World Knows Who Represents Jesus, de Jonathan Leeman.
Fonte: Blog Fiel

Lidando com a decepção na igreja

Lidando com a decepção na igreja
Por Kevin DeYoung
“Ninguém me apoiou.”
“Eu não era importante para ninguém.”
“Você não estava nem aí.”

Essas são algumas das coisas mais difíceis que um pastor pode ouvir de sua congregação, estejam elas se referindo diretamente a ele ou não. Essas situações também são algumas das mais agressivas que um membro pode acusar a igreja e, sem dúvida, das mais doloridas que um membro da igreja pode sentir. Mesmo assim, esses sentimentos acontecem, e esses pensamentos são verbalizados, muito freqüentemente na vida da igreja.
É fácil imaginar o que leva as pessoas a não sentirem amadas.
  • Um pastor que não visita uma família que perdeu de forma trágica uma filha em um acidente de carro.
  • Um casal visita igreja por seis meses. Eles nunca são convidados para almoçar na casa do pastor. Então começam a procurar por outra igreja.
  • Um estudante recém formado se sente invisível porque é solteiro e tímido. Ninguém se esforça para conhecê-lo. Após alguns meses saindo rapidamente da igreja após o culto para não ficar lá isolado, ele desiste da sua igreja, e talvez de qualquer igreja.
  • Um jovem rapaz é chamado ao conselho da igreja porque engravidou a namorada. Ele nunca se encontrou com o conselho assim, e se sente enfrentando a inquisição. Ele não nega que pecou, mas o cuidado pastoral que está recebendo não parece muito amoroso.
  • Uma das famílias mais tradicionais da igreja começa a faltar alguns cultos. Eventualmente, eles não aparecem mais. Quando você finalmente nota, já faz uns seis meses que eles sumiram. Quando você telefona para saber o que aconteceu, já é tarde demais.
  • Uma jovem que acabou se tornar mãe percebe que não foi convidada para o estudo bíblico das mães. Ela não sabe o porquê ao certo, mas imagina que tem algo a ver com seu passado. Após um ano se sentindo isolada, sua família deixa a igreja por causa de seus grupos fechados.
Existem muito mais situações desse tipo, todas muito doloridas, para as ovelhas e para os pastores. Como devem responder então os membros da igreja quando eles não se sentem amados, apoiados, ou se sentem como estrangeiros em sua própria igreja? E como devem responder os líderes da igreja quando são criticados por não se preocuparem com os membros ou a igreja falha por não ser muito amável?
A resposta mais fácil é assumir que o outro lado está sempre errado. Eu já conversei com cristãos (não necessariamente os da minha igreja) que mantém uma extensa lista de mágoas com a sua igreja. Eles nunca consideram que talvez sejam mais do que apenas vítimas indefesas. Eles talvez sejam parte do problema. Por outro lado, eu já estive em reuniões de pastores onde a grande afirmação por trás das conversas, piadas e reclamações é que eles têm servido fielmente, mas a igreja simplesmente não percebe.
Os dois lados seriam mais bem servidos se questionassem alguns pontos antes de baterem o pé e tirarem conclusões precipitadas.
Pastores e líderes, na próxima vez que forem criticados por não serem amáveis ou cuidadosos, se perguntem:
1. Nós temos algum mecanismo para conhecer pessoalmente nossas ovelhas? Como líderes, nós prestaremos contas pela forma como cuidamos das almas das outras pessoas (Hebreus 13.7). A Bíblia não ordena apenas uma forma única de cuidar da membresia, nós devemos trabalhar para ter algum processo que funcione. Se nunca perguntarmos “como a congregação está?”, ou ainda melhor, “como você, meu irmão, está?”, não podemos ficar surpresos ao acharmos muitas pessoas desapontadas.

2. Nós temos alguma forma de descobrir quando as pessoas não estão freqüentando culto? Você pode dar uma olhada, perguntar para os amigos ou se informar na recepção, mas nós precisamos ter uma idéia geral de quem não está sendo fiel à membresia do culto. No Livro de Ordem da minha Igreja estipula que sempre falemos sobre isso nas reuniões do conselho de líderes. O primeiro passo para descobrir quem está sumido é começar a procurar e começar a falar sobre isso.

3. Estamos confrontando os grupos fechados na nossa igreja? A linha que separa uma comunidade de uma elite é tênue. Mas se há uma diferença central, é a abertura. Uma comunidade saudável recebe bem as pessoas novas. Uma elite procura formas de manter as pessoas novas do lado de fora. Pastores precisam confrontar o problema dos círculos fechados de forma direta – na pregação, nas decisões da igreja, e nas conversas pessoais. Os líderes também deve se assegurar de não estarem em grupos fechados. É bom ter bons amigos. Mas os amigos que excluem todos os outros são muito ruins.

4. Há maneiras fáceis e identificáveis de os tímidos e mais reservados se envolverem e serem conhecidos pelos outros? Os mais enturmantes e extrovertidos se sentirão em casa, na igreja, rapidamente. Mas ‘pontos de entrada’ bem divulgados e convites pessoas são necessários para muitos outros.

5. É possível que estejamos mais em falta do que imaginamos? Liderar não significa dizer que está errado toda vez que o Senhor Sensível se sente ofendido. Mas significa estar sempre aberto para a possibilidade que você errou mais do imagina.

6. Temos feito promessas que não cumprimos? Não há nada mais perigoso do que boas intenções bem divulgadas e mal executadas. A liderança cria um programa de visitação às famílias, mas só visitam metade. Um pastor promete continuar uma conversa ali no hall de entrada da igreja após atender o celular, mas acaba esquecendo. A igreja promete que todos os membros terão um mentor, mas no fim das contas não há mentores o suficiente. Não crie expectativas tão altas que você fatalmente não alcançará.

7. Os críticos são sempre críticos? Pastores podem perder tempo com murmuradores. Quando o fazem, eles geralmente estão muito cansados para prestar atenção quando membros leais oferecem críticas bem fundamentadas. Não devemos gastar muito tempo ouvindo as reclamações de sempre, exceto aquelas que vêm de um novo reclamão. Em outras palavras, considere a fonte das críticas, e lembre-se que “Quem fere por amor mostra lealdade.” (Provérbios 27.6)

Quanto aos feridos e desapontados, antes de criticar seus líderes, se pergunte:
1. Eu pedi ajuda? Pastores e líderes não são oniscientes. Mesmo com as melhores estratégias de pastoreio, as pessoas cometem falhas. Se você realmente precisa de ajuda, não deixe de pedir. Eu sei que todos querem ser notados. Mas é difícil para uma dúzia de pessoas notarem cinco mil, ou vinte e poucos notarem dois mil. Ajude os seus líderes a te ajudarem.

2. Eu deixei de lado as oportunidades de me encaixar e conhecer pessoas? Antes de reclamar que você esteve na igreja por seis meses e não conheceu ninguém, pense nas maneiras que você pode fazê-lo nos próximos seis. Há algum pequeno grupo que você pode freqüentar? Há um culto mais informal que você pode comparecer? Que tal se oferecer para ajudar no berçário na próxima vez que precisarem? Você tentou aparecer nas reuniões de esportes ou de oração? 90% de “amar e ser amado” é comparecer.

3. É realista imaginar que os líderes podem dar tanta atenção pessoal para todos os membros da igreja quanto eu imagino que deveriam? É fácil pensar “tudo o que eu queria era uma visita. Não me diga que eles estavam tão ocupados que não poderiam reservar apenas uma noite para a minha família”. Mas lembre-se que você não é o único membro da igreja. Se a quantidade de carinho que você espera de seus líderes não pode ser multiplicada pelo número de pessoas da igreja, talvez você esteja esperando além da conta. Se você quer tudo, sempre estará desapontado.

4. Se eu realmente queria ser amado e notado, porque deixei de aparecer? De um lado, líderes da igreja deveriam saber quando os membros da igreja se desviaram. Bons pastores mantêm os olhos nas suas ovelhas. Por outro lado, se as ovelhas querem ser cuidadas pelo rebanho, elas não devem se afastar dele. As pessoas se magoam quando sua ausência na igreja não é notada. Mas eu tenho dificuldade em sentir muita simpatia nesse caso, a não ser que você esteja lidando com alguém com problemas de reclusão ou alguém cuja ausência não é voluntária. Não fuja se você quer ser achado.

5. Estou disposto a considerar que eu esteja mais em falta do acredito estar? Se parece que seus líderes nunca fazem nada certo, talvez seja você que está dificultando a vida – a sua e as deles.

6. É possível que eu tenha deixado de lado as maneiras que o corpo de cristo cuidou de mim porque eu esperava que uma parte diferente do corpo fosse atrás de mim? Algumas vezes os membros da igreja vão dizer “Tudo bem, meu pequeno grupo me mandou cartas, mas o pastor nunca telefonou”. Ou “Sim, os pastores sempre foram muito amigáveis comigo após o culto, mas ninguém da minha idade falou comigo”. Ou “Eu sei que os líderes se importam comigo, mas isso é o trabalho deles”. Ou, ao contrário, “Certo, meus amigos oraram por mim, mas eu nunca soube que os líderes o fizeram”. Antes de se preocupar com isso, lembre-se que o objetivo do corpo é cuidar do corpo, e não que o ombro sempre receba uma massagem especial da sua mão favorita.


7. Em geral, eu acho essa igreja e esses líderes pouco amáveis e cuidadosos? Se a resposta é sim, e você lida bem com a Questão 5, então talvez você precise de uma igreja diferente. Mas se a resposta é não, pense em dar uma segunda chance para seus líderes. Talvez eles tenham apenas dado uma mancada. Todos nós erramos de vez em quando. Eu sei que eu erro. Talvez eles estivessem muito ocupados e deram bobeira. Ou talvez você não saiba da história toda. De qualquer forma, não deixe que um equívoco afete a impressão que você tem da igreja.

Tanto para ovelhas como para pastores, os ingredientes indispensáveis para viver juntos são amor e humildade. Amor para cuidarmos dos outros como queremos ser cuidados. Humildade para considerarmos que talvez estamos em falta. É inevitável nos decepcionarmos com a igreja. Mas isso não precisa destruir a unidade do corpo de Cristo. O Senhor pode usar nossas mágoas para nos fazer lentos para falar e prontos para ouvir.
Traduzido por Filipe Schulz
Fonte: iPródigo

O Fim do Consenso Evangélico. - Dom Robinson Cavalcanti Postado por Comunidade Letra Santa em 21 novembro 2011 às 8:23


O protestantismo brasileiro de missão (1855-1909) foi estabelecido com um alto grau de consenso, mantido por mais de um século. As igrejas congregacionais, presbiterianas, metodistas, batistas, episcopais e cristãs evangélicas partilhavam de uma herança e de uma teologia em comum; um legado que, vindo da Reforma Protestante do Século 16, incluía traços de puritanismo, pietismo, avivalismo e movimento missionário. Foi o médico escocês Robert R. Kalley quem fundou a Igreja Evangélica Fluminense, dando início a um protestantismo que era sinônimo de evangelicalismo, originado na Grã-Bretanha da primeira metade do século 19, e diferente do fenômeno localizado pós-fundamentalista dos Estados Unidos, que surgiu um século depois. Tratava-se de um evangelicalismo que tinha suas raízes em Wycliffe, na Reforma e nos seus desdobramentos -- com uma ênfase na autoridade das Sagradas Escrituras, nas doutrinas credais e confessionais partilhadas pelo cristianismo reformado (nascimento virginal, milagres, morte expiatória, ressurreição, segunda vinda) --, na necessidade de conversão -- seguida de um processo de santificação -- e no mandato missionário da Igreja. A despeito das diferenças de governo eclesiástico, batismo, ceia do Senhor ou liturgia, as igrejas protestantes (evangélicas) brasileiras foram edificadas sobre esse sólido fundamento partilhado. Em quase toda a América Latina fomos um país de protestantes evangélicos (“evangelicais”), algo evidente, comprovável.
A chegada do movimento pentecostal (1909) introduziu elementos de dissenso no campo da pneumatologia (“dons espirituais”), da eclesiologia (isolacionismo), da liturgia (expressão de sons) e da moral (moralismo/legalismo); uma tendência mais fundamentalista do que evangélica, mas que não rompeu com o núcleo comum que unia ambas as correntes. O mesmo pode-se dizer das “ondas” pentecostais posteriores, como a dos “sinais e prodígios” e a do “movimento de renovação espiritual”. Mantivemo-nos ao largo das propostas das instituições internacionais ecumênicas -- Conselho Mundial de Igrejas (liberal), Conselho Internacional de Igrejas Cristãs (fundamentalista) e Fraternidade Mundial Evangélica (evangelical) -- nos anos 1940 a 1970. Vivemos trinta anos (1934-1964) de fomento da unidade, com a Confederação Evangélica; atravessamos os conflitos entre “direita” e “esquerda” durante a Guerra Fria (1945-1989); mas, no fundo, éramos todos “crentes”. Apesar das diferenças secundárias e de nossas “cordiais” rivalidades, nos considerávamos parte de um mesmo povo: os evangélicos. Essa era a nossa identidade e sentido de pertencimento. Programas de rádio e televisão tinham um cunho evangelístico; e, se íamos a um culto de qualquer denominação, a pregação era marcada pelas semelhanças e não pelas diferenças. Algumas “missões de fé” enfatizaram o fundamentalismo e a escatologia dispensacionalista; e reduzidos núcleos de intelectuais de tendência teológica liberal se estabeleceram em seminários (mais de igrejas de imigração do que de missão) e faculdades em algumas denominações e regiões, sem maior repercussão na massa dos fiéis. A teologia da libertação foi mais influente em sua ética social do que em suas premissas teológicas liberais.
O dissenso protestante se agravou com a chegada da teologia da prosperidade e a teologia da batalha espiritual, e com o vertiginoso crescimento das igrejas ditas neo (isso/pseudo/pós) pentecostais, carentes de vínculos históricos, doutrinários e teológicos com a herança reformada e evangélica; sociologicamente percebidas como seitas para-protestantes, cuja mensagem nada tem a ver com o que se pregou desde Kalley e o protestantismo (evangelicalismo brasileiro). O culto-aula deu lugar ao culto-show. Debilitou-se a escola bíblica dominical e deixou-se de cantar hinos com conteúdo teológico -- os quais foram substituídos por vagas odes à divindade, que podem ser entoadas por qualquer monoteísta não-cristão. Com o crescimento numérico da segunda e da terceira gerações, fomos além da velha dicotomia “membro comungante” “versus” “membro desviado” e passamos a ter os nominais, os ocasionais, os bissextos, os migrantes e os “crentes de IBGE”, que confessam a fé a cada década do Censo, pois não se garante a conversão ou a ortodoxia de descendentes biológicos ou adotivos.
Enquanto as elites seculares foram atingidas pela pós-modernidade e por seus filhotes ideológicos (secularismo, politicamente correto, multiculturalismo, agenda GLSBT), parcelas de nossas elites eclesiásticas foram atingidas pela teologia liberal revisionista. Nossa base social continua majoritariamente evangélica. Porém, o mesmo não se pode dizer, lamentavelmente, de alguns dos nossos líderes. Alguns, por razões intelectuais, emocionais ou morais renegaram até agressivamente o seu passado, abençoado e abençoador; mudaram de lado, deixando o povo órfão ou confuso, pois, quando trocaram de conteúdo não substituíram a etiqueta. Nem todo protestante é mais evangélico, mas nós somos crentes!
Dom Robinson Cavalcanti é bispo anglicano da Diocese do Recife e autor de, entre outros, Cristianismo e Política -- teoria bíblica e prática histórica, A Igreja, o País e o Mundo -- desafios a uma fé engajada e Anglicanismo -- identidade, relevância, desafios. www.dar.org.br

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

música africana - coral batista de João Pessoa


"SIFUNI MUNGU" ( LOUVAI AO SENHOR)

Apresentação do Coral da Evangélica Batista de João Pessoa- abertura da música
"SIFUNI MUNGU" ( LOUVAI AO SENHOR)
Vídeo enviado por Nathalia Lima e produzido por Gerlane Machado.





Soweto Choir

Enviado por em 03/07/2011
"Mama Tembu's Wedding" By the Soweto Gospel Choir Blessed Live In Concert dvd



Jerusalem Soweto Gospel Celebrate God !!! 


Coral Africano Watoto 



Akekho ofana noJesu
Akekho ofana naye
Adekho ofana noJesus
Akekho ofana naye

Sahamba sahamba akekho akekho
Sajika sajika akekho akekho
Safuna safuna akekho akekho
Safuna safuna akekho akekho
Akekho afana naye




















domingo, 6 de novembro de 2011

Reaviva-nos

Acho que vale a pena divulgar estes vídeos de 10 minutos (legendado em português e outras línguas), com lindas imagens do mundo árabe e música de fundo ("Revive Us"). Excelente recurso para mobilização pelo mundo árabe!





































Missões no sertão nordestino.








Pode até soar como um desabafo. Mas, só quem conhece a realidade do sertão sente-se afrontado diante do evangelho da falsa prosperidade. Pois não conhece a situação de extrema pobeza. o sertanejo sofre grandes limitações. E os obreiros sertanejos que sobrevivem realmente através do  modo de vida local, sem ajuda externa sabe o que é sofrer privações por amor a Cristo. Muitas vezes não existe nem dinheiro em espécie. Faz-se a pratica do escambo. Um tem uma galinha, outro um pouco de feijão, alguém tem uma roça de macaxeira e assim vão se ajudando a sobreviver. Falo por experiencia, pois nasci no sertão do Rio Grande do Norte e depois fui missionário no  sertão da Paraíba. Hoje tenho um sobrinho missionário no sertão do Ceará que também experiementa todo tipo de privação para levar o evangelho às pessoas. De cavalo, de jumento, bicicleta, a pé ou na carroceria de algum carro de aluguel estão lá missionários do Senhor com seus pés formosos, vivendo com muito pouco. Destaco aqui o trabalho feito pela missão JUVEP que a vinte cinco anos planta inúmeras igrejas no Sertão Nordestino. Trabalho de valor inestimável que já transpos as fronteiras do Brasil e chegou ao conhecimento de irmãos do primeiro mundo. Com muita simplicidade e identificando-se com o homem sertanejo leva a Palavra de Deus aos corações sedentos.

vamos igreja do Brasil, desperta porque também da alma do sertanejo Deus te pedirá contas.






O que Cristo tem a ver com esse cristianismo...

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

O que Cristo tem a ver com esse cristianismo...


Levi Bronzeado
O que Cristo tem a ver com esse cristianismo que, no tempo da igreja primitiva se entregou ao Imperador Constantino em troca de cargos e isenção de impostos -, costume esse, que felizmente para uns e infelizmente para outros, ainda hoje reina?
O que Cristo tem a ver com esse cristianismo que, no tempo do imperador Justiniano fomentou perseguições, revoltas e guerras por causa do culto às imagens de esculturas, ─ que ainda hoje, alguns praticam para gáudio de seus próprios “egos”?
O que Cristo tem a ver com esse cristianismo que, para cristianizar e escravizar os povos do Ocidente fez do Rei Carlos Magno, seu chefe espiritual ─, cujo ideário ainda se mantém intacto na esdrúxula politicagem atual?
O que Cristo tem a ver com esse cristianismo que introduziu as Cruzadas, para em duzentos anos de guerra, praticar roubos e crimes em nome de Deus ─, semelhante a nossa história de D. João VI para cá?
O que Cristo tem a ver com esse cristianismo que promovia execuções públicas para concretizar sua intenção de intimidar o povo no tempo das grandes inquisições ─, que de forma escamoteada ainda predomina entre nós?
O que Cristo tem a ver com esse cristianismo que fez do judeu convertido Tomás de Torquemada um sanguinário implacável, o qual em defesa da fé jogou dez mil à fogueira. ─ Fogueira essa, hoje, representada pelo submundo dos desvalidos e marginalizados do nosso imenso país?
O que o Cristo tem a ver com esse cristianismo que prendeu e torturou Galileu, só porque ele afirmou, com comprovação científica, que o sol e não a terra, era o centro do nosso sistema planetário ─ fato que ainda hoje faz da ciência a maior inimiga da religião?
O que Cristo tem a ver com esse cristianismo, que no Brasil, a troco de civilização, escravizou os nossos antepassados com um espúrio catecismo imposto a ferro e fogo, e que hoje, com um outro nome (doutrina) ─, faz o mesmo papel?
O que Cristo tem a ver com esse cristianismo que reconstruiu os muros da intolerância entre as nações ─, e continua até hoje, através dos massacres ideológicos dos paises de primeiro mundo, contra os de segundo e terceiro mundos?
O que Cristo tem a ver com esse cristianismo que restaurou o véu do templo, para ali, tentar falar com Deus sem a intermediação do seu Filho ─, como fazem algumas seitas que não quero revelar os nomes?
O que Cristo tem a ver com esse cristianismo que faz propaganda enganosa de curas, diariamente, com horário pré-estabelecido nas emissoras de televisão?
O que Cristo tem a ver com esse cristianismo que estimula e exalta os instintos arcaicos dos indivíduos, levando-os, por fim, a uma histeria coletiva grotesca ─, que muitos acreditam ser o mesmo poder que desceu sobre os que estavam reunidos em Jesusalém no dia de Pentecostes ─ acontecimento registrado no livro de Atos dos apóstolos?
O que Cristo tem a ver com esse cristianismo que reedita a Sua crucificação ─ ao substituí-Lo por amuletos e réplicas desrespeitosas dos símbolos judaicos, numa heresia nunca vista nos últimos tempos?
O que Cristo tem a ver com esse cristianismo que leva multidões de incautos, sem sabedoria, a se reunirem para sessões de quebra de maldições em praça pública ─, invalidando o sacrifício d’Aquele que se fez maldição por nós?
O que Cristo tem a ver com esse cristianismo que deturpa o sentido dos versículos bíblicos ─, ao afirmar que, se o crente não possui tudo o que o vil deus Mamon oferece, é porque está em pecado?
O que Cristo tem a ver com esse cristianismo que faz da Bíblia o livro mais vendido no mundo ─, para simplesmente ser carregada por muitos, em procissões, como imagem de escultura?
O que Cristo tem a ver com esse cristianismo que prega e “emprega” ─, mas evita ao máximo, que as almas se disponham a comprovar através do estudo, se o que se alardeia é correto ─ como fizeram os de Beréia?
O que Cristo tem a ver com esse cristianismo que divide os crentes em duas classes ─ os de primeira classe são os que têm o dom de glossolalia, e os de segunda classe são aqueles comedidos que só falam o seu idioma pátrio?
O que Cristo tem a ver com esse cristianismo, que de forma engenhosa e sutil, continua nos nossos dias iludindo a muitos ─ com seu discurso hedonista, recheado de atraentes guloseimas que empanturram o corpo e enfraquecem o espírito?
O que Cristo tem a ver com esse cristianismo de pífios espetáculos e práticas escandalosas, cujos líderes promovem disputas engalfinhadas para se apoderar do farto comércio do “butim gospel”?
NA REALIDADE, MEU IRMÃO, CRISTO NÃO TEM NADA A VER COM ESSE SIMULACRO DE CRISTIANISMO, QUE VEM SENDO DIFUNDIDO DESDE OS TEMPOS MAIS REMOTOS ─ PELOS QUATRO CANTOS DA TERRA.
Ensaio por: Levi B. Santos
Guarabira, 11 de março de 2009
Título Original - Que cristianismo é este meu irmão?
Em Ensaios & Prosas [ Via Genizah ]
Leia Mais em: http://www.genizahvirtual.com/2009/09/o-que-cristo-tem-ver-com-esse.html#ixzz1cxFt23Wz
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sábado, 5 de novembro de 2011

Encontrão Familiar

olá pessoal

Da visão que tive do encontro fiz estes versos. Foi muito bom e agora quero compartilhar com animação

um beijão a todos,

Marinês

ENCONTRÃO FAMILIAR



No encontrão Familiar muita coisa aconteceu

Só quem não estava presente pode dizer que perdeu

Deu de tudo choro e riso

Alguns até perdeu o juízo,para assim se apresentar.


No Começo Saturnino e Maria Zilda gerou uma Família

Tão grande de dezeseis filhos,quatro vieram a falecer.

Dos doze que se criaram com muito amor e carinho no interior do sertão

O Tempo já se fez longe,passou a correr e muitos se deram as mãos.

Os filhos todos casados com os que vieram agregar

Formaram-se vinte e quatro para assim se apresentar.

.


Como se apresentaram, entenderam o recado que tinha que

Multiplicar, assim quarenta netos fizeram, para o casal se alegrar.

Destes Netos, quanta gente diferente, essa família acolheu!.

Tem de tudo, vindos de todos lugares cada um com os seus pares

Entraram nesta família para assim abrilhantar.


Os netos não se fizeram arrogados logo entenderam recado,

Juntos com os agregados continuou a geração , neste momento presente

Quarenta sãos os bisnetos descendentes.

Dois saiu na frente agregando nova gente.

Já começaram á gerar dois tetranetos estrearam pra a família alegrar.



Tudo houve no encontrão, homenagem, música, e oração.

Lembranças da nossa infância no interior do sertão.

E todos se apresentaram, com os olhos encantados

As vezes até marejados, nó na garganta apertado de tanta emoção.

.

Assim nossa família querida , com diversas gerações.

Vai deixando nossa marca, pés enfincado no chão.

E para alegrar a nós todos basta uma mesa florida a releembrar nossa vida.

Um jarro de água e pão..

Lembrança de nossa infância vivida com fé e esperança.

No interior do Sertão...

Marinês Gomes Duarte
















quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Família Saturnino P. Gomes e Maria Z. Gomes /2009

FAMÍLIA SATURNINO PAULO GOMES E MARIA ZILDA GOMES




foto: Saturnino e Maria Zilda


Família

A família é um núcleo de convivência, unido por laços afetivos, que costuma compartilhar o mesmo teto. É a definição que conhecemos. Entretanto, quero ir além dessa definição. Quando adentramos nesta ou naquela família, deixando de lado as teorias e descendo ao palco da própria vida, observamos que a família é uma realidade dinâmica, em evolução permanente, nunca a mesma. Percebemos que cada família é um mundo à parte, com propostas e jeitos próprios e que não se repetem.

Na realidade, ser família consiste compartilhar sentimentos complexos, às vezes contraditórios e que também se misturam: a alegria da chegada e a tristeza da partida; o calor da presença e o frio da ausência, a escassês e a abundância; sofrimento e bonança; seus laços afetivos podem experimentar o encanto do amor e a tristeza do ódio. Dependendo dessas fases contrastantes, ela pode ser um centro de referência, onde se busca e se vivencia o amor, ou... um mero alojamento.

A família não é algo que nos é dado de uma vez por todas, mas sim, como como uma semente que necessita de cuidados constantes para crescer e desenvolver-se. Quando casamos, sabemos que, entre outras coisas, temos essa semente que pode germinar e um dia dar fruto: ser uma família de verdade. Devemos, portanto, estar conscientes de que é preciso trabalhá-la e cultivá-la sempre, e com muito amor.

Para exemplificar melhor o nosso pensamento recorremos a Uma lenda cherokee:

“Juntos, mas não amarrados.”
“ Certa vez, Touro Bravo e Nuvem Azul chegaram de mãos dadas à tenda do velho cacique da tribo e pediram-lhe:" - Nós nos amamos e vamos nos casar. Mas nos amamos tanto que queremos um conselho que nos garanta ficarmos sempre juntos, que nos assegure estar um ao lado do outro até nossa morte.  Há algo que possamos fazer a respeito disso? "E o velho, emocionado ao vê-los tão jovens, tão apaixonados e tão ansiosos por uma palavra,  lhes disse  " - Há uma coisa a fazer, mas é uma tarefa muito difícil e sacrificada. Tu, Nuvem Azul, deves escalar o  monte ao norte da aldeia apenas com uma rede, caçar o  falcão mais vigoroso e trazê-lo aqui, com vida, até o terceiro dia depois da lua cheia. E tu, Touro Bravo, deves escalar  a montanha do trono. Lá em cima, encontrarás a mais brava de todas as águias. Somente com uma rede deverás apanhá-la, trazendo-a para mim viva!"

Os jovens abraçaram-se com ternura e logo partiram para cumprir a missão. No dia estabelecido, na frente da tenda do cacique, os dois esperavam com as aves. O velho tirou-as dos sacos e constatou que eram verdadeiramente formosos exemplares dos animais que ele tinha pedido. " - E agora, o que faremos?" - os jovens perguntaram. " - Peguem as aves e amarrem uma a outra pelos pés com essas fitas de couro. Quando estiverem amarradas, soltem-nas para que voem livres." Eles fizeram o que lhes foi ordenado e soltaram os pássaros. A águia e o falcão tentaram voar, mas conseguiram apenas saltar pelo terreno. Minutos depois, irritadas pela impossibilidade do vôo, as aves arremessaram-se uma contra a outra, bicando-se até se machucar. Então o velho disse: “- Jamais esqueçam o que estão vendo, esse é o meu conselho. Vocês são como a águia e o falcão. Se estiverem amarrados um ao outro, ainda que por amor, não só viverão arrastando-se, como também, cedo ou tarde, começarão a machucar um ao outro. Se quiserem que o amor entre vocês perdure, voem juntos, mas jamais amarrados. "

O nosso mundo mudou.... Não podemos viver de modo aventureiro. De nada serve estarmos repletos de boas intenções, se não planejarmos bem as coisas. Nosso mundo tem mudado muito e rapidamente. muitas coisas que não estão fixadas de antemão. Em nossa sociedade, os papéis tradicionais da mulher e do homem, antes assumidos como destino inexorável, não são mais simplesmente aceitos As familias apresentam-se sob configuraçòes diversas..

No momento atual, a família deve sentar-se para dialogar sobre o que realmente desejam, o que buscam, para enfim elaborar, com bastante criatividade, um projeto que possibilite a realização de um amor pleno. É num projeto, flexivel ä transformaçoes, que os filhos devem poder ter a alegria de nascer e crescer até atingir a maturidade. Pois, é na família que os filhos desenvolverão sua personalidade. Nela crescerão, identificando o sentido de sua existência e amadurecendo na segurança, preparando-os para realizarem seu próprio projeto de vida.

Que o nosso Deus nos ilumine, e nos ajude a crescer como família e nos dê oportunidade de estarmos juntos novamente. Concluimos com um verso da Biblia sagrada que diz:
“O justo florescerá como a palmeira, crescerá como os cedros do líbano.”

Eduardo Paulo Gomes